sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Reforço de Português


EXERCÍCIOS DE PORTUGUÊS



Leia o poema abaixo para responder as questões 1 e 2.



Pássaro em vertical

Cantava o pássaro e voava

       Cantava para lá

Voava para cá

Voava o pássaro e cantava

De

   Repente

          Um

               Tiro

                    Seco

         Penas fofas

             Leves plumas

             Mole espuma

         E um risco

         Surdo

N

O

R

T

E



S

U

L

Fonte: NEVES. Libério. Pedra solidão. Belo Horizonte: Movimento Perspectiva, 1965.



1. Qual é o assunto do texto:

a) Um pássaro em voo, que leva um tiro e cai em direção ao chão.

b) Um pássaro que cantava o dia todo.

c) Um pássaro que sonhava com a liberdade.

d) A queda de um pássaro que não sabia voar.



2. De que maneira a forma global do poema se relaciona com o título “Pássaro em

vertical”?

a) A disposição das palavras no texto tem relação com o sentido produzido.

b) As palavras “norte-sul” não foram escritas verticalmente no poema.

c) O fato de que o pássaro possui penas e/ou plumas fofas e leves.

d) O termo vertical pode ser associado ao vôo do pássaro.



Leia o texto abaixo para responder as questões 3 e 4:



Como um filho querido

Tendo agradado ao marido nas primeiras semanas de casados, nunca quis ela se separar da receita daquele bolo. Assim, durante 40 anos, a sobremesa louvada compôs sobre a mesa o almoço de domingo, e celebrou toda data em que o júbilo se fizesse necessário.

Por fim, achando ser chegada a hora, convocou ela o marido para o conciliábulo apartado no quarto. E tendo decidido ambos, comovidos, pelo ato solene, foi a esposa mais uma vez à cozinha assar a massa açucarada, confeitar a superfície.

Pronto o bolo, saíram juntos para levá-lo ao tabelião, a fim de que se lavrasse ato de adoção, tornando-se ele legalmente incorporado à família, com direito ao prestigioso sobrenome Silva, e nome Hermógenes, que havia sido do avô.

Fonte: COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p.57.



3. No conto “Como um filho querido” a esposa e o esposo foram ao tabelião com intuito de:

a) Regularizar a situação de um parente registrando seu nome.

b) Registrar o nome do filho querido que há 40 anos fazia parte da família, mas não tinha registro.

c) Lavrar o ato de adoção do bolo no tabelionato, e assim, incorporá-lo à família como um filho querido com direito ao sobrenome da família Silva.

d) Lavrar o ato de adoção do filho querido para que o mesmo recebesse o nome do seu avô paterno, Hermógenes.



4. Em “ saíram juntos para levá-lo ao tabelião, a fim de que se lavrasse ato de adoção”, a conjunção destacada possui uma ideia de:

(A) Oposição

(B) Finalidade

(C) Tempo

(D) Causa



Leia o texto abaixo:



Por que os japoneses vieram ao Brasil?

E por quê, agora, seus descendentes estão indo para o Japão?



No início do século 20, as lavouras de café brasileiras precisavam de mão-de-obra. A saída do governo brasileiro foi atrair imigrantes. O momento não podia ser melhor para os japoneses – lá, o desemprego bombava por causa da mecanização da lavoura. Outro motivo que facilitou a vinda deles foi um tratado de amizade que Brasil e Japão tinham acabado de assinar.

Aí, a situação se inverteu: o Japão se transformou em uma potência e, lá pela década de 80, ficou difícil bancar a vida no Brasil por causa da inflação e do desemprego. Os netos e bisnetos dos imigrantes japoneses enxergaram, então, uma grande chance de se dar bem e foram em massa para o Japão. Até 2006, a comunidade brasileira no país já havia alcançado 313 pessoas.

Fonte: Revista Capricho nº 1045 maio/2008 p.94.



5. Na frase: “... o desemprego bombava por causa da mecanização da lavoura”, a

expressão destacada pode ser substituída por:

a) Aumentava.

b) Apontava.

c) Atraía.

d) Bancava.



Leia o trecho da reportagem abaixo:



Jornal do Rio está fazendo 50 anos

Ousado e investigativo o “Correio do Povo” sempre mostrou numa linguagem muito clara, tanto com os assuntos da cidade, do país e do mundo, como também dos municípios do bairro de cada cidadão e leitor.

Fonte: Revista Veja 2001.



6. No trecho “Ousado e investigativo o Correio do Povo sempre mostrou numa linguagem muito clara...” as palavras destacadas qualificam:

a) A cidade do Rio de Janeiro.

b) O leitor.

c) O jornal.

d) Os jornalistas.



Leia o texto abaixo:

Debussy

Para cá, para lá...

Para cá, para lá...

Um novelozinho de linha...

Para cá, para lá...

Para cá, para lá...

Oscila no ar pela mão de uma criança

(Vem e vai...)

Que delicadamente e quase a adormecer o balanço

Psio...-

Para cá, para lá...

Para cá e ...

- O novelozinho caiu.

Manuel Bandeira



7. O autor repete várias vezes “Para cá, para lá...”. Esse recurso foi utilizado para:

a) Acompanhar o movimento do novelo e criar o ritmo do balanço.

b) Reproduzir exatamente os sons repetitivos do novelo.

c) Provocar a sensação de agitação da criança.

d) Sugerir que a rima é o único recurso utilizado na poesia.



Leia o texto abaixo:



O leão, o burro e o rato

Um leão, um burro e um rato voltavam, afinal, da caçada que haviam empreendido juntos e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca e muita caça menor. O leão sentou-se num tronco e, com voz tonitruante que procurava inutilmente suavizar, berrou:

- Bem, agora que terminamos um magnífico dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, para a justa partilha do nosso esforço conjunto. Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós três, com licença do compadre rato, você, compadre burro, vai fazer a partilha desta caça em três partes absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, deixando nosso grande amigo burro em paz para deliberar.

Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água e ficaram um tempo. Voltaram e verificaram que o burro tinha feito um trabalho extremamente meticuloso, dividindo a caça em três partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois voltando, o burro perguntou ao leão:

- Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?

O leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada na nuca do burro, deixando-o no chão, morto.

Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e disse:

- Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão de que concorda em que não podíamos suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava mais o compadre burro. Me faça um favor agora: divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente, deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.

Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de um lado, toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do outro apenas um ratinho cinza morto por acaso. O leão ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato chamou:

- Compadre leão, está pronta a partilha!

O leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:

- Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como você chegou tão depressa a uma partilha tão certa?

E o rato respondeu:

- Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu - é claro que você precisa comer muito mais. Tracei uma comparação entre a sua força e a minha - é claro que você precisa de muito maior volume de alimentação do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição na floresta com a minha - e, evidentemente, a partilha só podia ser esta. Além do que, sou um intelectual, sou todo espírito!

- Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que argúcia! - exclamou o leão, realmente admirado. - Olha, juro que nunca tinha notado, em você, essa cultura. Como você escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria?

- Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende, acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro morto.

Millôr Fernandes



8. No último parágrafo, o rato diz ter aprendido tudo com o burro porque

(A) o burro havia feito uma partilha justa.

(B) o burro era, segundo o leão, o mais sábio dos três.

(C) o rato entendeu a ideia de justiça para o leão a partir do exemplo do burro morto.

(D) o rato estabeleceu uma relação matemática entre o seu tamanho e o do leão.



9. O conflito gerador na história ocorre quando

(A) o leão propôs ao burro que este fizesse a partilha da caça.

(B) o burro fez uma partilha que ele considerou justa.

(C) o leão discordou da partilha do burro.

(D) o leão pediu ao rato que este fizesse a nova partilha.



10. O desfecho dessa narrativa revela implicitamente que:

(A) o rato não compreendeu a partilha feita pelo burro.

(B) o leão se arrependeu de ter matado o burro.

(C) o leão não matou o rato porque gostava dele.

(D) o rato temia o leão.



11. Representa uma opinião a seguinte passagem:

(A) “ Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós três”

(B) “ Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água e ficaram um tempo.”

(C) “- Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha? “

(D) “ Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu”



12. Pode ser apontado como uma consequência da partilha proposta pelo burro o fato de

(A) o burro ser o mais sábio dos três.

(B) o leão ter matado o burro.

(C) o leão precisar de mais alimentos por ser mais forte.

(D) o rato ser um intelectual.



13. No penúltimo parágrafo, a repetição da palavra “inacreditável” reforça a ideia de que

(A) o leão ficou frustrado com a partilha feita pelo rato.

(B) a partilha feita pelo rato deixou o leão admirado.

(C) o leão não conseguia acreditar no fato de ter matado o burro.

(D) o rato fez uma partilha injusta.



14. Na passagem “Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida”, a conjunção destacada possui um sentido de

(A) Condição

(B) Consequência

(C) Tempo

(D) Maldade



15. O pronome destacado na passagem “Como você escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria? “, o pronome destacado refere-se:

(A) ao rato;

(B) ao leão;

(C) ao burro;

(D) aos três animais.



16. “Bem, você conseguiu ferir meus sentimentos, mas eu aceito suas desculpas. Obrigada”. Nessa fala, expressa no segundo quadrinho, a palavra destacada refere-se

(A) à menina;

(B) ao menino;

(C) às duas crianças;

(D) aos sentimentos.



17. Em “ Bem, você conseguiu ferir meus sentimentos, mas eu aceito suas desculpas. Obrigada”, a conjunção destacada só não pode ser substituída por:

(A) porém;

(B) entretanto;

(C) portanto;

(D) no entanto.



Há uma geração sem palavras”

A malhação física encanta a juventude com seus resultados estéticos e exteriores. O que pode ser bom. Mas seria ainda melhor se eles se preocupassem um pouco mais com os “músculos cerebrais”, porque, como diz o poeta e tradutor José Paulo Paes, “produzem satisfações infinitamente superiores”.

Fonte: Marili Ribeiro – Jornal do Brasil, caderno B, Rio de Janeiro, 28 de dez. 1996, p. 6.



18. No fragmento apresentado, o autor defende a tese de que:

(A) A malhação física traz ótimos benefícios aos jovens.

(B) Os jovens devem se preocupar mais com o desenvolvimento intelectual.

(C) O poeta José Paulo Paes pertence a uma geração sem palavras.

(D) Malhar é uma atividade superior às atividades cerebrais.



19. Em “produzem satisfações infinitamente superiores”, as aspas são usadas porque:

(A) o autor do texto não pensa dessa forma;

(B) essa fala é uma ironia;

(C) essa passagem representa a fala de outra pessoa, não a do narrador.

(D) essa passagem é metafórica.



20. A conjunção destacada em “Mas seria ainda melhor se eles se preocupassem um pouco mais com os “músculos cerebrais”, porque, como diz o poeta e tradutor José Paulo Paes, “produzem satisfações infinitamente superiores” não poderia ser substituída por

(A) visto que

(B) pois

(C) já que

(D) quando


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