quarta-feira, 27 de março de 2013

          A água mineral é hoje associada ao estilo de vida saudável e ao bem-estar. As garrafinhas de água mineral já se tornaram acessórios de esportistas e, em casa, muita gente nem pensa em tomar o líquido que sai da torneira compra água em garrafas ou galões. Nos últimos dez anos, em todo o planeta, o consumo de água mineral cresceu 145% e passou a ocupar um lugar de destaque nas preocupações de muitos ambientalistas. O foco não está exatamente na água, mas na embalagem. A fabricação das garrafas plásticas usadas pela maioria das marcas é um processo industrial que provoca grande quantidade de gases, agravando o efeito estufa. Ao serem descartadas, elas produzem montanhas de lixo que nem sempre é reciclado.
          Muitas entidades ambientalistas têm promovido campanhas de conscientização para esclarecer que, nas cidades em que a água canalizada é bem tratada, o líquido que sai das torneiras em nada se diferencia da água em garrafas. As campanhas têm dado resultado nos lugares onde há preocupação geral com o ambiente e os moradores confiam na água encanada.
          Apenas nos Estados Unidos, os processos de fabricação e reciclagem das garrafas plásticas consumiram 17 milhões de barris de petróleo em 2006. Esses processos produziram 2,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa, poluição equivalente à de 455.000 carros rodando normalmente durante um ano. O dano é multiplicado por três quando se consideram as emissões provocadas por transporte e refrigeração das garrafas.
           O problema comprovado e imediato causado pelas embalagens de água é o espaço que elas ocupam ao serem descartadas. Como demoram pelo menos cem anos para degradar, elas fazem com que o volume de lixo no planeta cresça exponencialmente. Quando não vão para aterros sanitários, os recipientes abandonados entopem bueiros nas cidades, sujam rios e acumulam água que pode ser foco de doenças, como a dengue. A maioria dos ambientalistas reconhece evidentemente que, nas regiões nas quais não é recomendável consumir água diretamente da torneira, quem tem poder aquisitivo para comprar água mineral precisa fazê-lo por uma questão de segurança. De acordo com relatório da ONU divulgado recentemente, 170 crianças morrem por hora no planeta devido a doenças decorrentes do consumo de água imprópria.
          (Adaptado de Rafael Corrêa e Vanessa Vieira. Veja. 28 de novembro de 2007, p. 104-105)

1. Conclui-se corretamente do 2o parágrafo do texto que parte da solução do problema apresentado está na:
(A) interferência de ambientalistas no controle da fabricação das garrafas de plástico.
(B) definição do espaço onde as garrafas possam ser descartadas, evitando o entupimento de bueiros e o acúmulo de água.
(C) possibilidade, ainda que remota, de distribuição de água mineral em regiões onde não há água canalizada.
(D) substituição das embalagens plásticas, para que não restem resíduos na natureza, degradando-a.
(E) oferta de água canalizada de boa qualidade, para diminuir o engarrafamento de água mineral em todo o mundo.

2. O argumento que justifica a preocupação com o meio ambiente, de acordo com o texto, está na afirmativa:
(A) A água mineral é hoje associada ao estilo de vida saudável e ao bem-estar.
(B) Nos últimos dez anos, em todo o planeta, o consumo de água mineral cresceu 145% ...
(C) As garrafinhas de água mineral já se tornaram acessórios de esportistas ...
(D) Muitas entidades ambientalistas têm promovido campanhas de conscientização ...
(E) As campanhas têm dado resultado nos lugares onde há preocupação geral com o ambiente ...

3. Identifica-se relação de causa e consequência, respectivamente, no segmento:
(A) O foco não está exatamente na água, mas na embalagem.
(B) As campanhas têm dado resultado nos lugares onde há preocupação geral com o ambiente e os moradores confiam na água encanada.
(C) Apenas nos Estados Unidos, os processos de fabricação e reciclagem das garrafas plásticas consumiram 17 milhões de barris de petróleo em 2006.
(D) Como demoram pelo menos cem anos para degradar, elas fazem com que o volume de lixo no planeta cresça exponencialmente.
(E) Quando não vão para aterros sanitários, os recipientes abandonados entopem bueiros nas cidades, sujam rios e acumulam água ...

4. ... quem tem poder aquisitivo para comprar água mineral precisa fazê-lo por uma questão de segurança. (último parágrafo)
O segmento grifado evita a repetição, no contexto, de:

(A) ter poder aquisitivo.
(B) consumir água da torneira.
(C) comprar água mineral.
(D) evitar doenças decorrentes de água não potável.
(E) reconhecer as regiões onde a água é imprópria.
 
          Reduzir a poluição causada pelos aerossóis partículas em suspensão na atmosfera, compostas principalmente por fuligem e enxofre pode virar um enorme tiro pela culatra. Estudo de pesquisadores britânicos e alemães revelou que os aerossóis, na verdade, seguravam o aquecimento global. Isso porque eles rebatem a luz solar para o espaço, estimulando a formação de nuvens (que também funcionam como barreiras para a energia do sol). Ainda é difícil quantificar a influência exata dos aerossóis nesse processo todo, mas as estimativas mais otimistas indicam que, sem eles, a temperatura global poderia subir 4ºC até 2100 as pessimistas falam em um aumento de até 10º, o que nos colocaria "dentro" de uma churrasqueira. Como os aerossóis podem causar doenças respiratórias, o único jeito de lutar contra a alta dos termômetros é diminuir as emissões de gás carbônico, o verdadeiro vilão da história.
                                                                (Superinteressante, dez. 2005, p. 16.)

5. Assinale a alternativa cujo sentido NÃO está de acordo com o sentido que a expressão "pode virar um enorme tiro pela culatra" apresenta no texto.
(A) Pode ter o efeito contrário do que se pretende.
(B) Pode aumentar ainda mais o problema que se quer combater.
(C) Pode fazer com que o aquecimento global aumente.
(D) Pode provocar diminuição na formação de nuvens.
(E) Pode aumentar a ocorrência de doenças respiratórias.

6. Assinale a alternativa cuja afirmativa mantém relações lógicas de acordo com o texto.

(A) Os aerossóis seguram o aquecimento global porém estimulam a formação de nuvens.
(B) Os aerossóis seguram o aquecimento global mas estimulam a formação de nuvens.
(C) Os aerossóis seguram o aquecimento global pois estimulam a formação de nuvens.
(D) Os aerossóis seguram o aquecimento global e estimulam a formação de nuvens.
(E) Os aerossóis seguram o aquecimento global entretanto estimulam a formação de nuvens.

7. Segundo o texto, "o verdadeiro vilão da história" é(são):
(A) o aquecimento global.
(B) as emissões de gás carbônico.
(C) a formação de nuvens.
(D) as doenças respiratórias.
(E) as barreiras para a energia do sol.

8. O termo "pessimistas", em destaque no texto, está se referindo às:
(A) temperaturas.
(B) pessoas.
(C) influências.
(D) estimativas.
(E) barreiras.


terça-feira, 26 de março de 2013


Números inteiros
1)Considere o conjunto dos números inteiros e escreva:
a) o antecessor do zero:
b) o sucessor de -5:
c) o antecessor de -5:
d) o sucessor de zero:

2)Calcule
a) -5+4=
b)+12-18=
c)-7-9=
d)+5+9=

3)Indique o oposto ou simétrico de cada situação
a)+56=
b)-19=
c)-11=
d)+203=
 
4)Escreva o oposto de cada situação.
a)Ganhar5 pontos em uma partida:
b)Uma temperatura de 3 graus abaixo de zero:
c)Um débito de R$ 18,00:
d)Um lucro de R$ 50,00:
 
5)Calcule os números inteiros
a)-80+30=
b)(+51)+(-51)=
c)(+230)+(-201)=
d)+46-59=
e)-65-13=
f)+86+11=
g)-14+14=
 
Números racionais
1)Efetue:
a) 3,21+2,18=
b)5,70-2=
c)7+0,25=
d)22,07-18=
e)5,2/ 2=
f)48,40/4=
g)52,96.4=
h)117,02. 7=
 
2) Resolva as seguintes equações de 1º grau.
A)18x - 43 = 65
B)14x – 23 = 37 – 16x
C)2x – 8 = -3x +12
D) 2x – 20 = - 20 + 10
 
3) a) Para encher um álbum de figurinhas, Karina contribuiu com 1/6 das figurinhas, enquanto Cristina contribuiu com 3/4 das figurinhas. Com que fração das figurinhas as duas juntas contribuíram?
 
4) Ana está lendo um livro. Em um dia ela leu 1/4 do livro e no dia seguinte leu 1/6 do livro. Então calcule:
a) a fração do livro que ela já leu.
b) a fração do livro que falta para ela terminar a leitura.
5) Em um pacote há 4/5 de 1 Kg de açúcar. Em outro pacote há 1/3. Quantos quilos de açúcar o primeiro pacote tem a mais que o segundo?
 
6) A rua onde Cláudia mora está sendo asfaltada. Os 5/9 da rua já foram asfaltados. Que fração da rua ainda resta asfaltar?

Calcule:
7)





8)  
 



9) No dia do lançamento de um prédio de apartamentos, 1/3 desses apartamentos foi vendido e 1/6 foi reservado. Assim:
a) Qual a fração dos apartamentos que foi vendida e reservada?
b) Qual a fração que corresponde aos apartamentos que não foram vendidos ou reservados?

10) Calcule o valor da expressão:
 





Potenciação
1) Efetue, observando as definições e propriedades:
a) (-2)³
        
b) (0,5)³         
 
c) 500¹
 
d) 100º

e) 0³

 
         
2) (Fuvest) Calcule: 
(a) 0,0264
(b) 0,0336
(c) 0,1056
(d) 0,2568
(e) 0,6256
 
3) (Fei) Calcule:

(a) -5/6
(b) 5/6
(c) 1
(d) -5/3
(e) -5/2

 
4) (UECE) Calcule:

(a) -15/17
(b) -16/17
(c) -15/16
(d) -17/16
 
5) (F.C. CHAGAS) Simplifique a expressão:

(a) 0,16
(b) 0,24
(c) 1,12
(d) 1,16
(e) 1,24


 

segunda-feira, 25 de março de 2013


Exercícios sobre Interpretação de texto

Dicas para uma boa interpretação de texto. Ler o texto, no mínimo três vezes. Observe que cada leitura apresenta uma visão diferente sobre o texto.

Leitura informativa – buscar palavras mais importantes em cada parágrafo que produzam significados.

Leitura interpretativa – compreender, analisar, sintetizar as informações do texto e o que esta leitura requer.

Compreensão – entender a mensagem real contida no texto.



CONSUMISMO


Os homens, através da tecnologia, inventam a cada dia novas formas de conforto e lazer. E objetos que possam atender à demanda do consumo.

Uma das formas de convencer o consumidor a comprar os novos produtos é a publicidade. A publicidade é feita das formas mais variadas. Vai de um simples folheto distribuído nas ruas, ou pelos correios, até sofisticados filmes, que custam muito caro e que os anunciantes passam nas principais emissoras de televisão ou nos cinemas.

Nós falamos em televisão, mas é bom lembrar que outros veículos de comunicação – rádios e jornais – também vivem do que cobram pelos anúncios.

Toda essa carga é jogada em cima das pessoas e fica difícil resistir à vontade de comprar. E comprar cada vez mais, mesmo que não se necessite deste ou daquele brinquedo, ou eletrodoméstico.

Isto é consumismo. Ele atinge mais diretamente as crianças, que acabam sempre desejando tudo o que é anunciado. Até por que não têm a noção real do valor do dinheiro e a dificuldade que seus pais enfrentam para consegui-lo.

O consumismo é um mal que deve ser combatido em todas as idades. Mas é difícil acabar com ele, porque as crianças veem, nas ruas e em suas escolas, os colegas com um tênis da moda ou uma mochila nova e logo querem ter essas novidades.

Esse espírito de competição também leva os adultos à compra de objetos que são absolutamente desnecessários. Se nosso vizinho compra um carro novo, logo queremos trocar o nosso.

A necessidade da conscientização do que é consumismo é uma busca constante das famílias hoje em dia. Também de uma grande parte da sociedade. E todos reconhecem que é preciso resistir ao consumismo.

(André Carvalho e Alencar Abujamra. Consumidor e consumismo. Coleção “Pergunte ao José.” Lê,1993.)



1. Segundo o texto, o que é consumismo?



2. No texto, a publicidade é apontada como uma das principais causas do consumismo. Como é veiculada a publicidade?



3. De acordo com o texto, as crianças são mais diretamente atingidas pela publicidade. Por que isso acontece?



4. Além da publicidade, o espírito de competição também levaria as pessoas ao consumismo. Quais são os exemplos citados no texto do comportamento adotado por crianças e adultos movidos pelo chamado “espírito de competição”?



Redação

Dominar a arte da escrita é um trabalho que exige prática e dedicação. Não existem fórmulas mágicas: o exercício contínuo, aliado à leitura de bons autores, e a reflexão são indispensáveis para a criação de bons textos. Nesta seção, serão apontadas algumas características que você deverá observar na produção de seus textos. Desejamos que as dicas apresentadas sejam bastante úteis a você.

Ler, escrever e pensar

Saber escrever pressupõe, antes de mais nada, saber ler e pensar. O pensamento é expresso por palavras, que são registradas na escrita, que por sua vez é interpretada pela leitura. Como essas atividades estão intimamente relacionadas, podemos concluir que quem não pensa (ou pensa mal), não escreve (ou escreve mal); quem não lê (ou lê mal) não escreve (ou escreve mal). Ler, portanto, é fundamental para escrever. Mas não basta ler, é preciso entender o que se lê. Entender significa ir além do simples significado das palavras que aparecem no texto. É preciso, também, compreender o sentido das frases, para que se alcance uma das finalidades da leitura: a compreensão de ideias e, num segundo momento, os recursos utilizados pelo autor na elaboração do texto. Apesar do grande poder dos meios eletrônicos, a leitura é ainda uma das formas mais ricas de informação, pois grande parte do conhecimento nos é apresentado sob forma de linguagem escrita. Lembre-se: estar bem informado é uma das normas mais importantes para quem quer escrever bem.

A Redação no Vestibular

Em vestibulares e concursos, a prova de Redação é um grande fator de eliminação. Através dela, as instituições têm um indicador mais concreto da formação do aluno, diferentemente das questões de múltipla escolha. Geralmente, exige-se que o candidato produza um texto dissertativo. Em menor proporção, podem ser solicitados ainda textos narrativos ou descritivos. Conheça as características de cada um desses textos:

1 - DISSERTAÇÃO : dissertar significa “falar sobre”. É o texto em que se expõem ideias, seguidas de argumentos que as comprovem. Na dissertação, você deve revelar sua opinião a respeito do assunto.

2 - DESCRIÇÃO: texto em que se indicam as características de um determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Na descrição, você deve responder à pergunta: Como a coisa (lugar / pessoa) é ? É importante tentar usar os mais variados sentidos: fale do aroma, dos cheiros, das cores, das sensações, de tudo que envolve a realidade a ser descrita.

3 - NARRAÇÃO : texto em que se contam fatos ocorridos em determinado tempo e lugar, envolvendo personagens. Lembre-se: você deve “narrar a ação”, respondendo à pergunta: O que aconteceu? Dissertação – Estrutura



Título: Pensar três vezes antes de falar qualquer coisa

Contou Maria Lima Rodrigues, de Itapetininga. Esta "estória" pertence à categoria das histórias de exemplo, moralizantes. Parece ser o resumo de outra mais comprida, que ouvimos em Sorocaba, e de que damos os pontos principais.

Enredo: soldado que vai servir o rei. Um ano depois, em vez de soldo, recebe um bolo, para abrir só quando estiver com a família e aquele conselho. De volta, pede pousada numa casa, cujo dono lhe mostra a esposa enterrada até a cintura, mas ele nada pergunta, e, por isso, leva-o até uma sala cheia de armas, dando-lhe a melhor carabina. Explica-lhe: todos os que perguntaram matou-os confiscando-lhes as armas. A mulher estava sofrendo aquele castigo por ser linguaruda. Chegando em casa, o soldado abriu o bolo, e tilintaram muitas moedas de ouro que o rei ali fizera esconder. Era, de fato, um soldado obediente, mesmo depois de dar baixa... E merecia o pago.



Relembrando os elementos da narrativa, quais são os encontrados nesse conto?

a) Narrador (em que pessoa):___________________________________________________

b) Personagens: ______________________________________________________________

c) Espaço: __________________________________________________________________

d) Tempo: ___________________________________________________________________

e)Resuma o enredo:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________



UM ENCONTRO FANTÁSTICO

Todos os anos eles se reuniam na floresta, à beira de um rio, para ver a quantas andava a sua fama. Eram criaturas fantásticas e cada uma vinha de um canto do Brasil. O Saci-Pererê chegou primeiro. Moleque pretinho, de uma perna só, barrete vermelho na cabeça, veio manquitolando, sentou-se numa pedra e acendeu seu cachimbo. Logo apontou no céu a Serpente Emplumada e aterrissou aos seus pés. Do meio das folhagens, saltou o Lobisomem, a cara toda peluda, os dentes afiados, enormes. Não tardou, o tropel de um cavalo anunciou o Negrinho do Pastoreio montado em pelo no seu baio.

--- Só falta o Boto --- disse o Saci, impaciente.

--- Se tivesse alguma moça aqui, ele já teria chegado para seduzi-la --- comentou a Serpente Emplumada.

--- Também acho --- concordou o Lobisomem. --- Só que eu já a teria apavorado. Ouviram nesse instante um rumor à margem do rio. Era o Boto saindo das águas na forma de um belo rapaz.

--- Agora estamos todos --- disse o Negrinho do Pastoreio.

--- E então? --- perguntou o Boto, saudando o grupo --- Como estão as coisas?

--- Difíceis --- respondeu o Saci e soltou uma baforada. --- Não assustei muita gente nessa temporada.

--- Eu também não --- emendou a Serpente Emplumada. --- Parece que as pessoas lá no Nordeste não tem mais tanto medo de mim.

--- Lá no Norte se dá o mesmo --- disse o Boto. --- Em alguns locais, ainda atraio as mulheres, mas em outros elas nem ligam.

--- Comigo acontece igual --- disse o Negrinho do Pastoreio. --- Vivo a achar coisas que as pessoas perdem no Sul. Mas não atendi a muitos pedidos esse ano.

--- Seu caso é diferente --- disse o Lobisomem. --- Você não é assustador como eu, o Saci e a Serpente Emplumada. Você é um herói.

--- Mas a dificuldade é a mesma – discordou o Negrinho do Pastoreio.

--- Acho que é a concorrência --- disse o Boto. --- Andam aparecendo muitos heróis e vilões novos.

--- Pois é --- resmungou a Serpente Emplumada. --- Até bruxas andam importando. Tem monstros demais por aí...

--- São todos produzidos por homens e negócios --- disse o Saci. --- É a moda.Vai passar...

--- Espero --- disse o Lobisomem. --- Bons aqueles tempos em que eu reinava no país inteiro, não só no cerrado.

--- A diferença é que somos autênticos --- disse o Negrinho do Pastoreio. --- Nós nascemos do povo.

--- É verdade --- disse o Boto. --- Mas temos de refrescar a sua memória.

--- Se pegarmos no pé de uns escritores, a coisa pode melhorar --- disse a Serpente Emplumada.

--- Eu conheço um ---disse o Saci. --- Vamos juntos atrás dele! --- E foi o primeiro a se mandar, a mil por hora, e uma perna só.

(João Anzanello Carrascoza. In revista Nova Escola. Caderno de Atividades. São Paulo, Abril, março de 2001).



a) No conto “Um encontro fantástico”, os personagens são os seres fantásticos e misteriosos das histórias populares do folclore brasileiro. Você conhece a história de algum desses personagens? Se você conhece algum, escreva o que sabe sobre ele.


b) Na sua opinião, qual dos personagens do conto permanece mais vivo na imaginação popular da sua região? Por quê?



c) Que solução os personagens do conto encontram para voltarem a ter a fama que tinham no passado?

sexta-feira, 22 de março de 2013

Trabalhando crônicas





Crônica


Fique sabendo agora os “ingredientes” de uma crônica ou, em outras palavras, como se faz para se escrever esse tipo de texto que apresenta as características da narrativa, mas também faz “comentários” sobre o assunto da história.

Suas características:

. É quase sempre um texto curto, escrito numa linguagem simples e direta.
. É um relato de fatos ocorridos na época em que são apresentados, a partir dos quais o autor desenvolve uma reflexão maior.
. Por contar uma situação e comentá-la, é um gênero “híbrido”, pois contém os elementos da narração e da dissertação.



Dependendo do tema, podemos ter os seguintes tipos de crônica:

. Humorística , com visão cômica ou irônica dos fatos apresentados.

. Mundana, trata de fatos ou acontecimentos característicos de uma sociedade.

. Jornalística, apresentação de aspectos articulares de notícias ou fatos; pode ser policial, esportiva, política.

Leia o texto a seguir, depois responda às questões.



Na escuridão miserável

Eram sete horas da noite quando entrei no carro, ali no Jardim Botânico. Senti que alguém me observava enquanto punha o motor em movimento. Voltei-me e dei com uns olhos grandes e parados como os de um bicho, a me espiar através do vidro da janela junto ao meio-fio. Eram de uma negrinha mirrada, raquítica, um fiapo de gente encostado ao poste como um animalzinho, não teria mais que uns sete anos.

Inclinei-me sobre o banco, abaixando o vidro:

- O que foi, minha filha? - perguntei, naturalmente, pensando tratar-se de esmola.

- Nada não senhor - respondeu-me, a medo, um fio de voz infantil.

- O que é que você está me olhando aí?

- Nada não senhor - repetiu. - Tou esperando o ônibus...

Onde é que você mora?

- Na Praia do Pinto.

- Vou para aquele lado. Quer uma carona?

Ela vacilou, intimidada. Insisti, abrindo a porta:

- Entra aí, que eu te levo.

Acabou entrando, sentou-se na pontinha do banco, e enquanto o carro ganhava velocidade ia olhando duro para a frente, não ousava fazer o menor movimento. Tentei puxar conversa:

- Como é o seu nome?

- Teresa.

- Quantos anos você tem, Teresa?

- Dez.

- E o que estava fazendo ali, tão longe de casa?

- A casa da minha patroa é ali.

- Patroa? Que patroa?

Pela sua resposta, pude entender que trabalhava na casa de uma família no Jardim Botânico: lavava roupa, varria a casa, servia a mesa. Entrava às sete da manhã, saía às oito da noite.

Hoje saí mais cedo. Foi 'jantarado'.

- Você já jantou?

Não. Eu almocei.

- Você não almoça todo dia?

- Quando tem comida pra levar de casa eu almoço: mamãe faz um embrulho de comida pra mim.

- E quando não tem?

- Quando não tem, não tem - e ela até parecia sorrir, me olhando pela primeira vez. Na penumbra do carro, suas feições de criança, esquálidas, encardidas de pobreza, podiam ser as de uma velha. Eu não me continha mais de aflição, pensando nos meus filhos bem nutridos - um engasgo na garganta me afogava no que os homens experimentados chamam de sentimentalismo burguês.

- Mas não te dão comida lá? - perguntei, revoltado.

- Quando eu peço eles dão. Mas descontam no ordenado. Mamãe disse pra eu não pedir.

- E quanto é que você ganha?

Diminuí a marcha, assombrado, quase parei o carro! Ela mencionara uma importância ridícula, uma ninharia, não mais que alguns trocados. Meu impulso era voltar, bater na porta da tal mulher e meter-lhe a mão na cara.

- Como é que você foi parar na casa dessa... foi parar nessa casa? - perguntei ainda, enquanto o carro, ao fim de uma rua do Leblon, se aproximava das vielas da Praia do Pinto. Ela disparou a falar:

- Eu estava na feira com mamãe e então a madame pediu para eu carregar as compras. E aí no outro dia pediu a mamãe pra eu trabalhar na casa dela, então mamãe deixou porque mamãe não pode deixar os filhos todos sozinhos e lá em casa é sete meninos, fora dois grandes, que já são soldados. Pode parar que é aqui moço, obrigado.

Mal detive o carro, ela abriu a porta e saltou, saiu correndo, perdeu-se logo na escuridão

miserável da Praia do Pinto...

(Fernando Sabino)



1) O narrador da crônica acima é um narrador-observador ou um narrador-personagem? Justifique.



2) Com base na classificação acima, que tipo de crônica você acabou de ler?



3) Como é a personagem Teresa?



4) Cite em quais locais se passa a história?



Flor-de-maio

Entre tantas notícias do jornal – o crime de Sacopã, o disco voador em Bagé, a nova droga antituberculosa, o andaime que caiu, o homem que matou outro com machado e com foice, o possível aumento do pão, a angústia dos Barnabés – há uma pequenina nota de três linhas, que nem todos os jornais publicaram.

Não vem do gabinete do prefeito para explicar a falta d’água, nem do Ministério da Guerra para insinuar que o país está em paz. Não conta incidentes de fronteira nem desastre de avião. É assinada pelo senhor diretor do Jardim Botânico, e que a partir do dia 27 vale a pena visitar o Jardim, porque a planta chamada “flor-de-maio” está, efetivamente, em flor.

Meu primeiro movimento, ao ler esse delicado convite, foi deixar a mesa da redação e me dirigir ao Jardim Botânico, contemplar a flor e cumprimentar a administração do horto pelo feliz evento. Mas havia ainda muita coisa para ler e escrever, telefonemas a dar, providências a tomar.

Agora, já desce a noite, e as plantas devem ser vistas pela manhã ou à tarde, quando há sol – ou mesmo quando a chuva as despenca e elas soluçam no vento, e choram gotas e flores no chão.

Suspiro e digo comigo mesmo – que amanhã acordarei cedo e irei. Digo, mas não acredito, ou pelo menos desconfio que esse impulso que tive ao ler a notícia ficará no que foi – um impulso de fazer uma coisa boa e simples, que se perde no meio da pressa e da inquietação dos minutos que voam. Qualquer uma dessas tardes é possível que me dê vontade real, imperiosa, de ir ao Jardim Botânico, mas então será tarde, não haverá mais “flor-de-maio”, e então pensarei que é preciso esperar a vinda de outro outono, e no outro outono posso estar em outra cidade em que não haja outono em maio, e sem outono em maio, não sei se em alguma cidade haverá essa “flor-de-maio”.

No fundo, a minha secreta esperança é de que estas linhas sejam lidas por alguém – uma pessoa melhor do que eu, alguma criatura correta e simples que tire dessa crônica a sua substância, a informação precisa e preciosa: no dia 27 em diante as “flores-de-maio” do Jardim Botânico estão gloriosamente em flor. E que utilize essa informação saindo de casa e indo diretamente ao Jardim Botânico ver a “flor-de-maio” – talvez com a mulher e as crianças, talvez com a namorada, talvez só.

Ir só, no fim da tarde, ver a “flor-de-maio”; aproveitar a única notícia boa de um dia inteiro de jornal, fazer a coisa mais bela e emocionante de um dia inteiro da cidade imensa. Se entre vós houver essa criatura, e ela souber por mim a notícia, e for, então eu vos direi que nem tudo está perdido, e que vale a pena viver entre tantos sacopãs de paixões desgraçadas e tantas COFAPs de preços irritantes; que a humanidade possivelmente ainda poderá ser salva, e que às vezes ainda vale a pena escrever uma crônica.

[Extraído de: Rubem Braga, Para gostar de ler, Ed. Ática, 1982]





5) A notícia de que a “flor-de-maio” floresceu é, para o narrador-personagem da história,

a) um fato tolo quando comparado com outras notícias, mesmo porque o personagem não acredita que tenha realmente florescido.

b) mais uma notícia como qualquer outra, ou seja, sem importância e que ninguém notará.

c) uma notícia que só atrairia pessoas muito simples e românticas.

d) uma chance de mostrar que a vida não é tão ruim como as notícias que os jornais preferem publicar.

e) uma notícia que pretende fingir que não existem coisas ruins no mundo.



6) A partir da leitura do texto, que é considerado uma crônica, assinale a alternativa que contém a melhor explicação do que pode ser uma crônica.

a) Texto que analisa o lado psicológico de uma personagem.

b) Texto que consiste na observação pessoal dos fatos da vida cotidiana.

c) Texto que descreve fenômenos naturais de forma científica.

d) Narração de fatos em que não há julgamento das ações dos personagens.

e) Texto em que as personagens são avaliadas pelas atitudes que apresentam numa determinada situação.



7) A expressão “já desce a noite” dá uma ideia visual e temporal para o leitor de um acontecimento.

Esse acontecimento seria igualmente dado ao leitor se estivesse escrito:

a) amanhece, mas o tempo está nublado.

b) anoitece.

c) o dia está cansativo.

d) a noite é longa.

e) o dia parece não acabar mais.



8) A palavra só no trecho “Ir , no fim da tarde, ver a ”flor-de-maio” tem o mesmo sentido da palavra grifada na frase:

a) Ele fez isso porque foi obrigado.

b) Ninguém é somente uma pessoa, somos vários ao mesmo tempo.

c) Ela está sozinha porque quer.

d) Ele sabe apenas o que aprendeu nos livros.

e) Não somos capazes de saber tudo que queremos.




quarta-feira, 20 de março de 2013

Exercícios de potências I

EXERCÍCIOS DE POTÊNCIAS
 
1 – Sendo 43 = 64, responda:

· a) Quem é a base?

· b) Quem é o expoente?

· c) Quem é a potência?

2 – Escreva na forma de potência:

· a) 5 x 5 =

· b) 3 x 3 x 3 =

· c) 7 x 7 x 7 =

· d) 2 x 2 x 2 x 2 x 2 =

· e) a x a x a x a =

3 – Calcule as potências:

· a) 23

· b) 42

· c) 54

· d) 05

· e) 16

· f) 30

· g) 40

· h) 62

· i) 241

· j) 670


4 – Sendo x = 2, y = 3 e z = 4, calcule:
· a) x2

· b) y3

· c) z5

· d) xy

· e) yx

· f) xz

· g) 3x

· h) 4z

· i) 5y

5 – Calcule:

· a) O quadrado de 11

· b) O cubo de 7

· c) O quadrado de 8

· d) A quinta potência de 2

6 – Quem é maior?

· a) 23 ou 32

· b) 1120 ou 1201

· c) 560 ou 056

7 – Calcule:

· a) 3.102

· b) 5.34

· c) 7.43

 
8) Transforme os produtos indicados, em potência:

    a) 3.3 =
   b)5.5.5 =
   c)7.7 =
   d)8.8.8.8 =
   e)1.1.1.1.1.1.1 =
   f)6.6.6 =
   g)2.2.2.2 =
   h)45.45.45.45=
   i)68.68.68.68.68.68=
   j)89.89.89 =

9) Transforme em produto, as potências:

a) 4² =

b) 5³ =



   10)Escreva como se lê:
   a) 4² =
   b) 5³ =
 
 
   11)Resolva e dê a nomenclatura:
   a) 4² =
   Base =
   Expoente =
   Potência =
   b) 5³ =
 Base =
 
 Expoente =
 
 
Potência =



12) Na potenciação sempre que a base for 1 a potência será igual a:



13) Todo número natural não-nulo elevado à

zero é igual à:



14) Qual o resultado de 43 ?



15) Todo número natural elevado a 1 é igual a:




16) Escreva as potências com os
números naturais e depois resolva-as:

 
 
a) Dezesseis elevado ao quadrado
b) Cinquenta e quatro elevado à primeira potência
    
c)Zero elevado à décima primeira potência
 
d) Um elevado à vigésima potência
e) Quatorze elevado ao cubo
f) Dois elevado à nona potência
g) Três elevado à quarta potência
h) Dez elevado à sexta potência
i) Oitenta e cindo elevado a zero
j) Dois mil e quarenta e seis elevado à primeira potência
 
17) Simplifique as expressões numéricas :
a) 5 + 3². 2
 
b) 7² - 4. 2 + 3
 
c) 10² - 3² + 5