sexta-feira, 28 de junho de 2013


Texto I

PELES DE SAPOS

Ruth de Gouvêa Duarte



Em 1970 e 1971, houve, no Nordeste brasileiro, uma enorme procura por sapos, que eram caçados para que suas peles fossem exportadas para os Estados Unidos. Lá elas eram usadas para fazer bolsas, cintos e sapatos. Isso levou a uma drástica diminuição da população de sapos nessa região.

O sapo se alimenta de vários insetos, principalmente mariposas, grilos e besouros. É um animal voraz, isto é, comilão. Quando adulto chega a comer trezentos besouros por dia.

Sem os sapos, seus inimigos naturais, as mariposas, os besouros e os grilos, proliferaram de maneira assustadora.

Esses insetos invadiram as cidades. Mariposas e besouros concentraram-se em torno dos postes de iluminação pública e também entraram nas casas, causando grandes transtornos. Os grilos, com seu cricri, não deixavam as pessoas dormirem.

Em maio de 1972, na cidade de Iati, em Pernambuco, a população, em uma espécie de mutirão, varreu ruas e calçadas, amontoando principalmente besouros, e também mariposas e grilos mortos, para serem levados por caminhões de lixo. Em apenas três dias, encheram-se mais de oitenta caminhões com esses bichos!

O governo proibiu a caça de sapos e passou a fiscalizar a exportação de suas peles.



1. O conflito gerador da história é:

(A) Houve uma grande caça de sapos no Nordeste brasileiro no início da década de 70;

(B) Os insetos invadiram o Nordeste brasileiro no início da década de 70;

(C) Em maio de 1972, a população varreu ruas e calçadas;

(D) O governo proibiu a caça de sapos no Nordeste brasileiro.



2. Uma informação conta com uma série de elementos básicos: o que aconteceu, quem participou dos acontecimentos, onde e quando se passaram, como e por que ocorreram os fatos etc. Considerando que o acontecimento básico do texto é a caça aos sapos, assinale a informação que não está presente no texto:

(A) onde ocorreu: no Nordeste brasileiro;

(B) quando ocorreu: em 1970 e 1971;

(C) para que ocorreu: exportação de peles;

(D) como ocorreu: armadilhas especiais;



3. A principal causa para a procura por peles de sapos, segundo o texto, é:

(A) As peles de sapo eram valiosas, pois, após serem exportadas para os Estados Unidos, eram usadas para fazer bolsas, cintos e sapatos;

(B) O sapo comia muitos insetos, especialmente mariposas, grilos e besouros;

(C) Mariposas e besouros passaram a se concentrar em torno dos postes de iluminação pública e entraram nas casas.

(D) O governo proibiu a caça de sapos no Nordeste brasileiro.



4. Assinale o item que não pode ser considerado uma consequência da caça de sapos relatada no texto I.

(A) Houve uma drástica redução da população de sapos na região;

(B) O sapo se alimenta de vários insetos, principalmente mariposas, grilos e besouros;

(C) As mariposas, os besouros e os grilos proliferaram de maneira assustadora;

(D) Esses insetos invadiram a cidade.



5. “Em 1970 e 1971, houve, no Nordeste brasileiro, uma enorme procura por sapos, que eram caçados para que suas peles fossem exportadas para os Estados Unidos. elas eram usadas para fazer bolsas, cintos e sapatos. Isso levou a uma drástica diminuição da população de sapos nessa região.” Nesse primeiro parágrafo do texto os elementos sublinhados se referem a outros elementos do mesmo parágrafo; assinale a correspondência errada:

(A) suas - dos sapos;

(B) Lá - Estados Unidos;

(C) elas - as peles dos sapos;

(D) Isso - bolsas, cintos e sapatos;

(E) nessa região - Nordeste brasileiro.



6. Em “O governo proibiu a caça de sapos e passou a fiscalizar a exportação de suas peles.”, o conector destacado possui o sentido de:

(A) Oposição

(B) Comparação

(C) Conclusão

(D) Adição



7. A palavra destacada em “Isso levou a uma drástica diminuição da população de sapos nessa região.” poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por:

(A) pequena

(B) simples

(C) importante

(D) grande



8. A mensagem que se pode entender do texto é:

(A) a matança indiscriminada de animais pode causar desequilíbrios ecológicos;

(B) a economia do país está acima do bem-estar da população;

(C) a união da população não resolve muitos de nossos problemas;

(D) os insetos são inimigos dos homens;



Texto II




9. Considerando o fato de Cascão ser um personagem que não gosta de tomar banho, é correto afirmar que ele

(A) se mostra muito alegre por ter a possibilidade, com a ajuda de Pinóquio, de mergulhar no rio.

(B) pede a Pinóquio que conte mais uma mentira para que o seu nariz cresça e ele alcance o outro lado do rio, sem se molhar.

(C) demonstra, no segundo quadrinho, tranquilidade e certeza de alcançar o outro lado do rio.

(D) pede a Pinóquio que conte uma mentira para fazer do seu longo nariz um trampolim para nadar nas águas límpidas do rio.



10. Entre as expressões populares, qual delas NÃO corresponde à situação vivida por Cascão no segundo quadrinho?

(A) Estar com o coração na mão.

(B) Estar num beco sem saída.

(C) Botar as mangas de fora.

(D) Estar num mato sem cachorro.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

                                                  REFORÇO DE PORTUGUÊS
 
Texto I



Belo Horizonte, junho de 2005



Caros alunos, pais e/ou responsáveis



No nosso país, o Folclore é uma cultura viva, passada de geração em geração de várias formas.

A Festa Junina é um exemplo disso pois, com a prática de acender a fogueira, montar barraquinhas, fazer comidas típicas, dançar quadrilha, cultiva-se nos mais jovens o interesse pelo conhecimento dessa manifestação cultural brasileira e se resgata, nos mais velhos, momentos de recordação e satisfação vividos.

Por esses motivos, convidamos vocês e seus familiares para a nossas animada festa junina. O ingresso? Um verdadeiro ato de cidadania. Vamos arrecadar material escolar para ser doado a instituições carentes.

Venham também experimentar caldos deliciosos, salgados, doces, churrasquinhos, canjica, pipoca, algodão doce e participar da gincana, quadrilha, forró, um grande show e muito mais! Vocês não podem perder!

Contamos com sua presença e de toda a sua família.



Data: 25 de junho de 2005, sábado

Horários: Das 9h às 14h (Ed. Infantil e Ens. Fund. I)

Das 16h às 20h (Ens. Fund. II e Ens. Médio)

Local: Colégio Cidade Jardim (Entrada pela Educação Infantil)



Atenciosamente,



Diretora



QUESTÃO 01 (Descritor: associar as características e estratégias de um texto ao gênero – ficcional ou não-ficcional – e/ou locutor e interlocutor)

Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto

Com relação ao gênero, o texto deve ser caracterizado como:

(A) uma carta.

(B) um convite.

(C) uma carta-convite.

(D) um comunicado.



QUESTÃO 02 (Descritor: depreender de uma informação explícita outra informação implícita no texto)

Assunto: Procedimentos de leitura

Assinale a caracterização INCORRETA da Festa Junina feita pelo texto:

(A) é uma manifestação folclórica.

(B) faz parte de nossa cultura viva.

(C) já existe há muitas gerações de brasileiros.

(D) acontece de variadas e diferentes formas.



QUESTÃO 03 (Descritor: estabelecer relações sintático-semânticas na progressão temática – temporalidade, causalidade, oposição, comparação)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

O ingresso? Um verdadeiro ato de cidadania. Vamos arrecadar material escolar para ser doado a instituições carentes.”

O sentido da passagem transcrita acima só NÃO pode ser expresso por:

(A) O ingresso é um verdadeiro ato de cidadania, pois vamos arrecadar material escolar para ser doado a instituições carentes.

(B) Vamos arrecadar material escolar para ser doado a instituições carentes. O ingresso é, por isso, um verdadeiro ato de cidadania.

(C) Já que vamos arrecadar material escolar para ser doado a instituições carentes, o ingresso é um verdadeiro ato de cidadania.

(D) Vamos arrecadar material escolar para ser doado a instituições carentes porque um verdadeiro ato de cidadania é um ingresso.



Texto II

Qualquer vida é muita dentro da floresta

 
Se a gente olha de cima, parece tudo parado.
Mas por dentro é diferente.
A floresta está sempre em movimento.
Há uma vida dentro dela que se transforma
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sem parar.
Vem o vento.
Vem a chuva.
Caem as folhas.
E nascem novas folhas.
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Das flores saem os frutos.
E os frutos são alimento.
Os pássaros deixam cair as sementes.
Das sementes nascem novas árvores.
As luzes dos vaga-lumes são estrelas na
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terra.
E com o sol vem o dia.
Esquenta a mata.
Ilumina as folhas.
Tudo tem cor e movimento.



QUESTÃO 4 (Identificar o assunto de um texto)

A ideia central do texto é

(A) a chuva na floresta.
(B) a importância do Sol.

(C) a vida na floresta.
(D) o movimento das águas.



QUESTÃO 5 (Relacionar partes do texto).

No trecho "Há uma vida dentro dela que se transforma sem parar" (v. 4-5), a palavra sublinhada refere-se à
(A) floresta.
(B) chuva.
(C) terra.
(D) cor.



QUESTÃO 6 (Descobrir relações de causalidade no texto)

O que diz o trecho

"Esquenta a mata.
Ilumina as folhas.
Tudo tem cor e movimento."


acontece porque

(A) aparecem estrelas.
(B) brotam flores.

(C) chega o sol.
(D) vem o vento.



Texto III

A boneca Guilhermina

Esta é a minha boneca, a Guilhermina. Ela é uma boneca muito bonita, que faz xixi e cocô. Ela é muito boazinha também. Faz tudo o que eu mando. Na hora de dormir, reclama um pouco. Mas depois que pega no sono, dorme a noite inteira! Às vezes ela acorda no meio da noite e diz que está com sede. Daí eu dou água para ela. Daí ela faz xixi e eu troco a fralda dela. Então eu ponho a Guilhermina dentro do armário, de castigo. Mas quando ela chora, eu não aguento. Eu vou até lá e pego a minha boneca no colo. A Guilhermina é a boneca mais bonita da rua.
MUILAERT, A. A Boneca Guilhermina. In: As Reportagens de Penélope. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997, p. 17. Coleção Castelo Rá-Tim-Bum - Vol. 8.
QUESTÃO 7 (Identificar o sentido de uma palavra ou expressão)

No trecho "Mas quando ela chora, eu não aguento" (l. 7), a expressão sublinhada significa, em relação à dona da boneca, sentimento de

(A) paciência.
(B) pena.
(C) raiva.
(D) solidão.



QUESTÃO 8 (Distinguir um fato de uma opinião)

Indique a opção que expressa uma opinião do narrador, e não um fato.

(A) “ Esta é a minha boneca, a Guilhermina”

(B) “ Na hora de dormir, reclama um pouco”

(C) “ Eu vou até lá e pego a minha boneca no colo”

(D) “A Guilhermina é a boneca mais bonita da rua. “



QUESTÃO 9 (Compreender o valor semântico de conectores)

Na passagem “ Mas depois que pega no sono, dorme a noite inteira”, o conector destacado poderia, sem mudança de sentido, ser substituído por:

(A) Então

(B) Porque

(C) Porém

(D) Por isso



Texto IV

Feias, sujas e imbatíveis (fragmento)

 
As baratas estão na Terra há mais de 200 milhões de anos,
sobrevivem tanto no deserto como nos polos e podem ficar até
30 dias sem comer. Vai encarar?
Férias, sol e praia são alguns dos bons motivos para comemorar a
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chegada do verão e achar que essa é a melhor estação do ano. E realmente
seria, se não fosse por um único detalhe: as baratas. Assim como
nós, elas também ficam bem animadas com o calor. Aproveitam a aceleração
de seus processos bioquímicos para se reproduzirem mais rápido e, claro,
para passearem livremente por todos os cômodos de nossas casas.
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Nessa época do ano, as chances de dar de cara com a visitante
indesejada, ao acordar durante a noite para beber água ou ir ao banheiro,
são três vezes maiores.

Revista Galileu. Rio de Janeiro: Globo, nº 151, fevereiro de 2004, p. 26.



QUESTÃO 10 (Identificar marcas linguísticas)

A expressão "Vai encarar?" (l. 3) é marca de linguagem

(A) científica.
(B) formal.

(C) informal.
(D) regional.

quarta-feira, 19 de junho de 2013


REVISÃO PARA A PROVA DA SME



9º ano:



1.) Lucas comprou 3 canetas e 2 lápis pagando R$ 7,20. Danilo comprou 2 canetas e 1 lápis pagando R$ 4,40. O sistema de equações do 1º grau que melhor representa a situação é

(A) 3x + 2y = 7,20

      2x + y = 4,40



(B) 3x – 2y = 7,20

      2x – y = 4,40



(C) 3x +y = 7,20

      x + y = 2,20



(D) 3x + y = 7,20

      x + y = 4,40



2.) Distribuímos 120 cadernos entre as 20 crianças da 1ª série de uma escola. O número de cadernos que cada criança recebeu corresponde a que porcentagem do total de cadernos?

(A) 5%

(B) 10%

(C) 15%

(D) 20%



3.) Pedro e João jogaram uma partida de bolinhas de gude. No final, João tinha 20 bolinhas, que correspondiam a 8 bolinhas a mais que Pedro. João e Pedro tinham juntos

(A) 28 bolinhas.

(B) 32 bolinhas.

(C) 40 bolinhas.

(D) 48 bolinhas.



4.) Observe as figuras abaixo.








Considerando essas figuras,

(A) os ângulos do retângulo e do quadrado são diferentes.

(B) somente o quadrado é um quadrilátero.

(C) o retângulo e o quadrado são quadriláteros.

(D) o retângulo tem todos os lados com a mesma medida.



5.) Dada a expressão: x =


Sendo a = 1, b = -7 e c = 10, o valor numérico de x é

(A) –5.

(B) –2.

(C) 2.

(D) 5.



8º ano



1.) A fração 3 corresponde ao número decimal
                  100

(A) 0,003.

(B) 0,3.

(C) 0,03.

(D) 0,0003.



2.) No supermercado Preço Ótimo, a manteiga é vendida em caixinhas de 200 gramas. Para levar para casa 2 quilogramas de manteiga, Marisa precisaria comprar

(A) 2 caixinhas.

(B) 4 caixinhas.

(C) 5 caixinhas.

(D) 10 caixinhas



3.) O número decimal que é decomposto em 5 + 0,06 + 0,002 é

(A) 5,62.

(B) 5,602.

(C) 5,206.

(D) 5,062.



4.) Ao resolver corretamente a expressão -1 - (-5).(-3) + (-4). 3 : (-4), o resultado é

(A) –13.

(B) –2.

(C) 0.

(D) 30.



5.) Observe os números que aparecem na reta abaixo.



O número indicado pela seta é 

(A) 0,9.

(B) 0,54.

(C) 0,8.

(D) 0,55.



7º ano



1.) O campo de futebol do Clube de Regatas Vasco da Gama teve a sua medida alterada para 105m x 68m conforme a orientação da FIFA. Analise a imagem abaixo e indique a área do campo do Vasco.


(A) 173 m

(B) 346 m

(C) 7000 m²                                                                                     68m

(D) 7140 m²




                                                                                                                                                      105m


2.) Uma toalha quadrada tem, a seu redor, 16 cm de franja. A partir dessa informação, indique a área dessa toalha.

(A) 4 cm²

(B) 8 cm²

(C) 16 cm²

(D) 32 cm²



3.) Um homem tem um terreno em forma de triângulo de base 20m e altura medindo 34m. Sabendo que cada metro quadrado desse terreno custa R$100,00, indique o valor desse terreno.

(A) R$ 34.000,00

(B) R$ 68.000,00

(C) R$ 680.00

(D) R$ 340,00



4.) Um mergulhador saltou de um ponto situado 6 metros acima do nível do mar e desceu 20 metros a partir do ponto inicial. Após meia hora ele desceu mais 5 metros do ponto onde estava. A que posição chegou em relação ao nível do mar?

(A)14 metros abaixo do nível do mar.

(B) 19 metros abaixo do nível do mar.

(C) 21 metros abaixo do nível do mar.

(D) 25 metros abaixo do nível do mar.



5.) Ao sair de casa pela manhã, Cristina levava em sua carteira 425 reais, em espécie. Na padaria gastou 12 reais. Depois foi à farmácia e comprou um remédio de 29 reais. No supermercado seu gasto foi de 287 reais. Encontrou com Maria e recebeu dela 130 reais, em espécie, relativos a um empréstimo. Mais tarde tomou um lanche e lá se foram 12 reais. Parou no posto e colocou 30 reais de combustível em seu automóvel. Numa banca de jornais comprou algumas revistas num total de 11 reais. Passou num caixa eletrônico e viu que o seu saldo no banco estava negativo em 254 reais Depositou em sua conta bancária toda a quantia que lhe sobrara na carteira após realizar todos os pagamentos em dinheiro. Qual seu saldo bancário depois de efetuar o depósito?

(A) R$ 174,00

( B ) R$ 428,00

( C ) R$ 528,00

( D ) R$ 679,00








segunda-feira, 17 de junho de 2013

REVISÃO PARA A PROVA DA SME

D1 – Localizar informações explícitas em um texto.

A assembleia dos ratos

Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome.
Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos miados pelo telhado, fazendo sonetos à lua.
— Acho – disse um deles - que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo. Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse: — Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro- Fino? Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação. Dizer é fácil - fazer é que são elas!
LOBATO, Monteiro. in Livro das Virtudes – William J. Bennett – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 308.

1.) Na assembleia dos ratos, o projeto para atar um guizo ao pescoço do gato foi
(A) aprovado com um voto contrário.
(B) aprovado pela metade dos participantes.
(C) negado por toda a assembleia.
(D) negado pela maioria dos presentes.

D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

O Pavão

E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d´água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
(BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 120)

2.) No 2º parágrafo do texto, a expressão ATINGIR O MÁXIMO DE MATIZES significa o artista (A) fazer refletir, nas penas do pavão, as cores do arco-íris.
(B) conseguir o maior número de tonalidades.
(C) fazer com que o pavão ostente suas cores.
(D) fragmentar a luz nas bolhas d’água.

D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.

O IMPÉRIO DA VAIDADE
Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema e os jornais defendem os músculos torneados, as vitaminas milagrosas, as modelos longilíneas e as academias de ginástica? Porque tudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém fala do afeto e do respeito entre duas pessoas comuns, mesmo meio gordas, um pouco feias, que fazem piquenique na praia? Porque isso não dá dinheiro para os negociantes, mas dá prazer para os participantes.
O prazer é físico, independentemente do físico que se tenha: namorar, tomar milk-shake, sentir o sol na pele, carregar o filho no colo, andar descalço, ficar em casa sem fazer nada. Os melhores prazeres são de graça - a conversa com o amigo, o cheiro do jasmim, a rua vazia de madrugada -, e a humanidade sempre gostou de conviver com eles. Comer uma feijoada com os amigos, tomar uma caipirinha no sábado também é uma grande pedida. Ter um momento de prazer é compensar muitos momentos de desprazer. Relaxar, descansar, despreocupar-se, desligar-se da competição, da áspera luta pela vida - isso é prazer.
Mas vivemos num mundo onde relaxar e desligar-se se tornou um problema. O prazer gratuito, espontâneo, está cada vez mais difícil. O que importa, o que vale, é o prazer que se compra e se exibe, o que não deixa de ser um aspecto da competição. Estamos submetidos a uma cultura atroz, que quer fazer-nos infelizes, ansiosos, neuróticos. As filhas precisam ser Xuxas, as namoradas precisam ser modelos que desfilam em Paris, os homens não podem assumir sua idade.
Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu contrário: um massacre da indústria e do comércio. Querem que sintamos culpa quando nossa silhueta fica um pouco mais gorda, não porque querem que sejamos mais saudáveis - mas porque, se não ficarmos angustiados, não faremos mais regimes, não compraremos mais produtos dietéticos, nem produtos de beleza, nem roupas e mais roupas. Precisam da nossa impotência, da nossa insegurança, da nossa angústia.
O único valor coerente que essa cultura apresenta é o narcisismo.
LEITE, Paulo Moreira. O império da vaidade. Veja, 23 ago. 1995. p. 79.

3.) O autor pretende influenciar os leitores para que eles
(A) evitem todos os prazeres cuja obtenção depende de dinheiro.
(B) excluam de sua vida todas as atividade incentivadas pela mídia.
(C) fiquem mais em casa e voltem a fazer os programas de antigamente.
(D) sejam mais críticos em relação ao incentivo do consumo pela mídia.

D6 – Identificar o tema de um texto.

A PARANOIA DO CORPO
Em geral, a melhor maneira de resolver a insatisfação com o físico é cuidar da parte emocional.

LETÍCIA DE CASTRO
Não é fácil parecer com Katie Holmes, a musa do seriado preferido dos teens, Dawson's Creek ou com os galãs musculosos do seriado Malhação. Mas os jovens bem que tentam. Nunca se cuidou tanto do corpo nessa faixa etária como hoje. A Runner, uma grande rede de academias de ginástica, com 23000 alunos espalhados em nove unidades na cidade de São Paulo, viu o público adolescente crescer mais que o adulto nos últimos cinco anos. “Acho que a academia é para os jovens de hoje o que foi a discoteca para a geração dos anos 70”, acredita José Otávio Marfará, sócio de outra academia paulistana, a Reebok Sports Club. "É o lugar de confraternização, de diversão."
É saudável preocupar-se com o físico. Na adolescência, no entanto, essa preocupação costuma ser excessiva. É a chamada paranoia do corpo. Alguns exemplos. Nunca houve uma oferta tão grande de produtos de beleza destinados a adolescentes. Hoje em dia é possível resolver a maior parte dos problemas de estrias, celulite e espinhas com a ajuda da ciência. Por isso, a tentação de exagerar nos medicamentos é grande. "A garota tem a mania de recorrer aos remédios que os amigos estão usando, e muitas vezes eles não são indicados para seu tipo de pele”, diz a dermatologista Iara Yoshinaga, de São Paulo, que atende adolescentes em seu consultório. São cada vez mais frequentes os casos de meninas que procuram um cirurgião plástico em busca da solução de problemas que poderiam ser resolvidos facilmente com ginástica, cremes ou mesmo com o crescimento normal. Nunca houve também tantos casos de anorexia e bulimia. "Há dez anos essas doenças eram consideradas raríssimas. Hoje constituem quase um caso de saúde pública”, avalia o psiquiatra Táki Cordás, da Universidade de São Paulo.
É claro que existem variedades de calvície, obesidade ou doenças de pele que realmente precisam de tratamento continuado. Na maioria das vezes, no entanto, a paranoia do corpo é apenas isso: paranoia. Para curá-la, a melhor maneira é tratar da mente. Nesse processo, a autoestima é fundamental. “É preciso fazer uma análise objetiva e descobrir seus pontos fortes. Todo mundo tem uma parte do corpo que acha mais bonita”, sugere a psicóloga paulista Ceres Alves de Araújo, especialista em crescimento. Um dia, o teen acorda e percebe que aqueles problemas físicos que pareciam insolúveis desapareceram como num passe de mágica. Em geral, não foi o corpo que mudou. Foi a cabeça. Quando começa a se aceitar e resolve as questões emocionais básicas, o adolescente dá o primeiro passo para se tornar um adulto.
CASTRO, Letícia de. Veja Jovens. Setembro/2001 p. 56.

4.) A ideia CENTRAL do texto é
(A) a preocupação do jovem com o físico.
(B) as doenças raras que atacam os jovens.
(C) os diversos produtos de beleza para jovens.
(D) o uso exagerado de remédios pelos jovens.

D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

No mundo dos sinais
Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem, cheios de espinhos. Mulungus e aroeiras expõem seus galhos queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos.
Sinais de seca brava, terrível!
Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado.
Toque de saída. Toque de estrada.
Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua passagem.
TV Cultura, Jornal do Telecurso.

5.) A opinião do autor em relação ao fato comentado está em
(A) “os mandacarus se erguem”
(B) “aroeiras expõem seus galhos”
(C) “Sinais de seca brava, terrível!!”
(D) “Toque de saída. Toque de entrada”.

D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Mente quieta, corpo saudável
A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo indica, sim. Nessas duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências da ação terapêutica da meditação, medida em dezenas de pesquisas. Nos últimos 24 anos, só a clínica de redução do estresse da Universidade de Massachusetts monitorou 14 mil portadores de câncer, aids, dor crônica e complicações gástricas. Os técnicos descobriram que, submetidos a sessões de meditação que alteraram o foco da sua atenção, os pacientes reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou abandonaram o uso de analgésicos.
Revista Superinteressante, outubro de 2003

6.) O texto tem por finalidade
(A) criticar.
(B) conscientizar.
(C) denunciar.
(D) informar.

D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

Eu tenho um sonho

Eu tenho um sonho
lutar pelos direitos dos homens
Eu tenho um sonho
tornar nosso mundo verde e limpinho
Eu tenho um sonho
de boa educação para as crianças
Eu tenho um sonho
de voar livre como um passarinho

Eu tenho um sonho
ter amigos de todas raças
Eu tenho um sonho
que o mundo viva em paz
e em parte alguma haja guerra
Eu tenho um sonho
Acabar com a pobreza na Terra

Eu tenho um sonho
Eu tenho um monte de sonhos...
Quero que todos se realizem
Mas como?
Marchemos de mãos dadas
e ombro a ombro
Para que os sonhos de todos
se realizem!
SHRESTHA, Urjana. Eu tenho um sonho. In: Jovens do mundo inteiro. Todos temos direitos: um livro de direitos humanos. 4ª ed. São Paulo: Ática, 2000. p.10.

7.) No verso “Quero que todos se realizem”, o termo sublinhado refere-se a
(A) amigos.
(B) direitos.
(C) homens.
(D) sonhos.

D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

Urubus e Sabiás
Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram do-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam por Vossa Excelência.
Tudo ia muito bem até que a doce tranquilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos, tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas com os sabiás...Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.
“- Onde estão os documentos de seus concursos?” E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam, simplesmente...
- Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.
E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...
MORAL: EM TERRA DE URUBUS DIPLOMADOS NÃO SE OUVE CANTO DE SABIÁ.
ALVES, Rubem. Estórias de Quem gosta de Ensinar. São Paulo: Ars Poética, 1985, p.81- 2.


8.) No contexto, o que gera o conflito é
(A) a competição para eleger o melhor urubu.
(B) a escola para formar aves cantoras.
(C) o concurso de canto para conferir diplomas.
(D) o desejo dos urubus de aprender a cantar.

D11 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

O homem que entrou pelo cano
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à espera que abrissem. Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia” Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988. p. 89.

9.) O homem desviou-se de sua trajetória porque
(A) ouviu muitos barulhos familiares.
(B) já estava “viajando” há vários dias.
(C) ficou desinteressado pela “viagem”.
(D) percebeu que havia uma torneira

D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.

As enchentes de minha infância
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo - aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.

10.) Que função desempenha a expressão destacada no texto “... o volume do rio cresceu TANTO QUE a família defronte teve medo.” (2º parágrafo)
(A) adição de ideias.
(B) comparação entre dois fatos.
(C) consequência de um fato.
(D) finalidade de um fato enunciado.