EXERCÍCIOS
DE PORTUGUÊS
Leia
o poema abaixo para responder as questões 1 e 2.
Pássaro
em vertical
Cantava o pássaro e
voava
Cantava para lá
Voava para cá
Voava o pássaro e
cantava
De
Repente
Um
Tiro
Seco
Penas
fofas
Leves
plumas
Mole
espuma
E
um risco
Surdo
N
O
R
T
E
S
U
L
Fonte:
NEVES. Libério. Pedra solidão. Belo Horizonte: Movimento
Perspectiva, 1965.
1.
Qual é o assunto do texto:
a)
Um pássaro em voo, que leva um tiro
e cai em direção ao chão.
b)
Um pássaro que cantava o dia todo.
c)
Um pássaro que sonhava com a
liberdade.
d)
A queda de um pássaro que não
sabia voar.
2.
De que maneira a forma global do
poema se relaciona com o título “Pássaro em
vertical”?
a)
A disposição das palavras no texto
tem relação com o sentido produzido.
b)
As palavras “norte-sul” não
foram escritas verticalmente no poema.
c)
O fato de que o pássaro possui
penas e/ou plumas fofas e leves.
d)
O termo vertical pode ser associado
ao vôo do pássaro.
Leia
o texto abaixo para responder as questões 3 e 4:
Como
um filho querido
Tendo
agradado ao marido nas primeiras semanas de casados, nunca quis ela
se separar da receita daquele bolo. Assim, durante 40 anos, a
sobremesa louvada compôs sobre a mesa o almoço de domingo, e
celebrou toda data em que o júbilo se fizesse necessário.
Por
fim, achando ser chegada a hora, convocou ela o marido para o
conciliábulo apartado no quarto. E tendo decidido ambos, comovidos,
pelo ato solene, foi a esposa mais uma vez à cozinha assar a massa
açucarada, confeitar a superfície.
Pronto
o bolo, saíram juntos para levá-lo ao tabelião, a fim de que se
lavrasse ato de adoção, tornando-se ele legalmente incorporado à
família, com direito ao prestigioso sobrenome Silva, e nome
Hermógenes, que havia sido do avô.
Fonte:
COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco,
1986. p.57.
3.
No conto “Como um filho querido”
a esposa e o esposo foram ao tabelião com intuito de:
a)
Regularizar a situação de um
parente registrando seu nome.
b)
Registrar o nome do filho querido
que há 40 anos fazia parte da família, mas não tinha registro.
c)
Lavrar o ato de adoção do bolo no
tabelionato, e assim, incorporá-lo à família como um filho querido
com direito ao sobrenome da família Silva.
d)
Lavrar o ato de adoção do filho
querido para que o mesmo recebesse o nome do seu avô paterno,
Hermógenes.
4.
Em
“ saíram
juntos para levá-lo ao tabelião, a
fim de que
se lavrasse ato de adoção”, a conjunção destacada possui uma
ideia de:
(A)
Oposição
(B)
Finalidade
(C)
Tempo
(D)
Causa
Leia
o texto abaixo:
Por
que os japoneses vieram ao Brasil?
E
por quê, agora, seus descendentes estão indo para o Japão?
No
início do século 20, as lavouras de café brasileiras precisavam de
mão-de-obra. A saída do governo brasileiro foi atrair imigrantes. O
momento não podia ser melhor para os japoneses – lá, o desemprego
bombava por causa da mecanização da lavoura. Outro motivo que
facilitou a vinda deles foi um tratado de amizade que Brasil e Japão
tinham acabado de assinar.
Aí,
a situação se inverteu: o Japão se transformou em uma potência e,
lá pela década de 80, ficou difícil bancar a vida no Brasil
por causa da inflação e do desemprego. Os netos e bisnetos dos
imigrantes japoneses enxergaram, então, uma grande chance de se dar
bem e foram em massa para o Japão. Até 2006, a comunidade
brasileira no país já havia alcançado 313 pessoas.
Fonte:
Revista Capricho nº 1045 maio/2008 p.94.
5.
Na frase: “... o desemprego
bombava por
causa da mecanização da lavoura”, a
expressão
destacada pode ser substituída por:
a)
Aumentava.
b)
Apontava.
c)
Atraía.
d)
Bancava.
Leia
o trecho da reportagem abaixo:
Jornal
do Rio está fazendo 50 anos
Ousado
e investigativo o “Correio do Povo” sempre mostrou numa linguagem
muito clara, tanto com os assuntos da cidade, do país e do mundo,
como também dos municípios do bairro de cada cidadão e leitor.
Fonte:
Revista Veja 2001.
6.
No trecho “Ousado
e investigativo o Correio do Povo
sempre mostrou numa linguagem muito clara...” as palavras
destacadas qualificam:
a)
A cidade do Rio de Janeiro.
b)
O leitor.
c)
O jornal.
d)
Os jornalistas.
Leia
o texto abaixo:
Debussy
Para
cá, para lá...
Para
cá, para lá...
Um
novelozinho de linha...
Para
cá, para lá...
Para
cá, para lá...
Oscila
no ar pela mão de uma criança
(Vem
e vai...)
Que
delicadamente e quase a adormecer o balanço
Psio...-
Para
cá, para lá...
Para
cá e ...
-
O novelozinho caiu.
Manuel
Bandeira
7.
O autor repete várias vezes “Para
cá, para lá...”. Esse recurso
foi utilizado para:
a)
Acompanhar o movimento do novelo e
criar o ritmo do balanço.
b)
Reproduzir exatamente os sons
repetitivos do novelo.
c)
Provocar a sensação de agitação
da criança.
d)
Sugerir que a rima é o único
recurso utilizado na poesia.
Leia
o texto abaixo:
O
leão, o burro e o rato
Um
leão, um burro e um rato voltavam, afinal, da caçada que haviam
empreendido juntos e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado:
dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca e muita caça
menor. O leão sentou-se num tronco e, com voz tonitruante que
procurava inutilmente suavizar, berrou:
-
Bem, agora que terminamos um magnífico dia de trabalho, descansemos
aqui, camaradas, para a justa partilha do nosso esforço conjunto.
Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós três,
com licença do compadre rato, você, compadre burro, vai fazer a
partilha desta caça em três partes absolutamente iguais. Vamos,
compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, deixando nosso
grande amigo burro em paz para deliberar.
Os
dois se afastaram, foram até o rio, beberam água e ficaram um
tempo. Voltaram e verificaram que o burro tinha feito um trabalho
extremamente meticuloso, dividindo a caça em três partes
absolutamente iguais. Assim que viu os dois voltando, o burro
perguntou ao leão:
-
Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?
O
leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada na nuca do
burro, deixando-o
no chão, morto.
Sorrindo,
o leão voltou-se para o rato e disse:
-
Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão de que concorda
em que não podíamos suportar a presença de tamanha inaptidão e
burrice. Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia outra
coisa a fazer. Há muito que eu não suportava mais o compadre burro.
Me faça um favor agora: divida você o bolo da caça, incluindo, por
favor, o corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente,
deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.
Mal
o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. Dividiu o monte
de caça em dois: de um lado, toda a caça, inclusive o corpo do
burro. Do outro apenas um ratinho cinza morto por acaso. O leão
ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato chamou:
-
Compadre leão, está pronta a partilha!
O
leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não pôde
deixar de cumprimentar o rato:
-
Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como você chegou tão
depressa a uma partilha tão certa?
E
o rato respondeu:
-
Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho
e o meu - é claro que você precisa comer muito mais. Tracei uma
comparação entre a sua força e a minha - é claro que você
precisa de muito maior volume de alimentação do que eu. Comparei,
ponderadamente, sua posição na floresta com a minha - e,
evidentemente, a partilha só podia ser esta. Além do que, sou um
intelectual, sou todo espírito!
-
Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que argúcia! -
exclamou o leão, realmente admirado. - Olha, juro que nunca tinha
notado, em você, essa cultura. Como você escondeu isso o tempo
todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria?
-
Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me perdoa um elogio
fúnebre, se não se ofende, acabei de aprender tudo agora mesmo, com
o burro morto.
Millôr
Fernandes
8.
No último parágrafo, o rato diz ter aprendido tudo com o burro
porque
(A)
o burro havia feito uma partilha justa.
(B)
o burro era, segundo o leão, o mais sábio dos três.
(C)
o rato entendeu a ideia de justiça para o leão a partir do exemplo
do burro morto.
(D)
o rato estabeleceu uma relação matemática entre o seu tamanho e o
do leão.
9.
O conflito gerador na história ocorre quando
(A)
o leão propôs ao burro que este fizesse a partilha da caça.
(B)
o burro fez uma partilha que ele considerou justa.
(C)
o leão discordou da partilha do burro.
(D)
o leão pediu ao rato que este fizesse a nova partilha.
10.
O desfecho dessa narrativa revela implicitamente que:
(A)
o rato não compreendeu a partilha feita pelo burro.
(B)
o leão se arrependeu de ter matado o burro.
(C)
o leão não matou o rato porque gostava dele.
(D)
o rato temia o leão.
11.
Representa uma opinião a seguinte passagem:
(A)
“ Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós
três”
(B)
“ Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água e ficaram
um tempo.”
(C)
“- Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha? “
(D)
“ Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu”
12.
Pode ser apontado como uma consequência da partilha proposta pelo
burro o fato de
(A)
o burro ser o mais sábio dos três.
(B)
o leão ter matado o burro.
(C)
o leão precisar de mais alimentos por ser mais forte.
(D)
o rato ser um intelectual.
13.
No penúltimo parágrafo, a repetição da palavra “inacreditável”
reforça a ideia de que
(A)
o leão ficou frustrado com a partilha feita pelo rato.
(B)
a partilha feita pelo rato deixou o leão admirado.
(C)
o leão não conseguia acreditar no fato de ter matado o burro.
(D)
o rato fez uma partilha injusta.
14.
Na passagem “Mal o leão se afastou, o rato não teve
a menor dúvida”, a conjunção destacada possui um sentido de
(A)
Condição
(B)
Consequência
(C)
Tempo
(D)
Maldade
15.
O pronome destacado na passagem “Como você escondeu isso o tempo
todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria? “, o
pronome destacado refere-se:
(A)
ao rato;
(B)
ao leão;
(C)
ao burro;
(D)
aos três animais.
16.
“Bem, você conseguiu ferir meus sentimentos, mas eu aceito suas
desculpas. Obrigada”. Nessa fala, expressa no segundo quadrinho, a
palavra destacada refere-se
(A)
à menina;
(B)
ao menino;
(C)
às duas crianças;
(D)
aos sentimentos.
17.
Em “ Bem, você conseguiu ferir meus sentimentos, mas
eu aceito suas
desculpas. Obrigada”, a conjunção destacada só não pode
ser substituída por:
(A)
porém;
(B)
entretanto;
(C)
portanto;
(D)
no entanto.
“Há
uma geração sem palavras”
A
malhação física encanta a juventude com seus resultados estéticos
e exteriores. O que pode ser bom. Mas seria ainda melhor se eles se
preocupassem um pouco mais com os “músculos cerebrais”, porque,
como diz o poeta e tradutor José Paulo Paes, “produzem satisfações
infinitamente superiores”.
Fonte:
Marili Ribeiro – Jornal do Brasil, caderno B, Rio de Janeiro, 28 de
dez. 1996, p. 6.
18.
No fragmento apresentado, o autor defende a tese de que:
(A)
A malhação física traz ótimos benefícios aos jovens.
(B)
Os jovens devem se preocupar mais com o desenvolvimento intelectual.
(C)
O poeta José Paulo Paes pertence a uma geração sem palavras.
(D)
Malhar é uma atividade superior às atividades cerebrais.
19.
Em “produzem satisfações infinitamente superiores”, as aspas
são usadas porque:
(A)
o autor do texto não pensa dessa forma;
(B)
essa fala é uma ironia;
(C)
essa passagem representa a fala de outra pessoa, não a do narrador.
(D)
essa passagem é metafórica.
20.
A conjunção destacada em “Mas seria ainda melhor se eles se
preocupassem um pouco mais com os “músculos cerebrais”, porque,
como diz o poeta e tradutor José Paulo Paes, “produzem satisfações
infinitamente superiores” não poderia ser substituída por
(A)
visto que
(B)
pois
(C)
já que
(D)
quando